GORDURA TRANS: PASSE LONGE DELAS!
Fabiana Jarussi - Nutricionista – CRN 11217
Todo mundo quer um sorvete cremoso, um biscoito crocante, um pão que dure mais... Hoje isso é cada dia mais possível com os alimentos indrustrializados e dentre vários ingredientes, um contribui bastante: a gordura trans. Mas você sabe o que ela é?
A gordura trans é normalmente produzida pelo processo industrial de hidrogenação de óleos vegetais, com o objetivo de torná-los sólidos mesmo em temperatura ambiente.
Ela é amplamente usada na indústria alimentícia nos mais diversos produtos: biscoitos, sorvetes, misturas para bolos, salgadinhos, chocolates, margarinas, pães, pipocas para micro-ondas, etc. A lista é gigantesca...
O problema do seu consumo é que evidências científicas e epidemiológicas comprovam que a gordura trans é muito prejudicial à saúde. Aliás, ela causa muito mais danos que a gordura saturada e o excesso de colesterol alimentar.
Seu consumo frequente está associado com o aparecimento de doenças cardíacas, com o aumento do LDL-colesterol (colesterol “ruim”) no sangue e reduzindo o HDL-colesterol (colesterol “bom”), além de obesidade, diabetes tipo 2 e Alzheimer.
Alguns países já restrigiram a gordura trans em produtos alimentícios. Aqui no Brasil, por enquanto temos a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) buscando regulamentação de algumas medidas que restringem o uso da gordura trans na fabricação de alimentos.
Desde 2003 através da RDC 360 de 2003, a ANVISA obriga que as indústrias apresentem a quantidade de gordura trans nos rótulos dos seus produtos. Mais uma vez: leia sempre os rótulos!
A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica o consumo diário de, no máximo, 1% do valor energético da dieta vindos da gordura trans. Assim, em uma alimentação de 2 mil calorias, a sua ingestão não deveria ser superior a 2g/dia.
Infelizmente, o consumo de gordura trans está muito além do recomendado. O consumo médio de gordura trans pelos brasileiros chega a 6,6g/dia. Isso equivale a ingestão de 1 porção de batata-frita de fast food ou 4 biscoitos doces recheados. Como esse consumo representa o consumo médio da população, tenho certeza que muitos ultrapassam ainda esse valor.
Algumas indústrias têm se esforçado para mudar a composição de seus produtos, mesmo antes da pauta virar lei. Estão substituindo a gordura trans por óleos vegetais que não precisam ser hidrogenados, como o óleo de palma. Hoje encontramos vários produtos sem gordura trans. Então já sabe: leia o rótulo!
Um cuidado especial deve ser tomado na compra de produtos artesanais em padarias, supermercados ou restaurantes, pois normalmente não oferecem a informação nutricional.
Como normalmente utilizam margarina na composição, são recheados de gordura trans.
Fast food merece um cuidado extra. As batatinhas e os pedaços de frango crocantes que muito adoram, são fritos em gordura hidrogenada e por consequência, jorram gordura trans.
O pastel da feira e o salgadinho crocante da lanchonete também precisa ser avaliado.
A questão fundamental é manter o equilíbrio. De maneira geral, tente realizar refeições naturais com vegetais e frutas variados, carnes e laticínios magros e deixe as guloseimas para ocasiões pontuais. Ler o rótulo também é fundamental.
Se precisar de auxílio para avaliar seu consumo alimentar, não deixe de consultar um Nutricionista!
Fabiana Jarussi é Nutricionista Clínico-Funcional e atende presencialmente e online. Para outras informações e dicas acesse as redes sociais:
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